15 de janeiro de 2008

Ainda não cacei o meu mamute

Pega na tua lança
Pega no alaúde
Vamos no vôo da garça
Caçar o meu mamute

O meu mamute desliza
Como pés de uma criança
Ao longe, vaga, na névoa
Em gélida, colossa, mudança

Qual pessoa considerada
Reles, querida, infrequentada
Espeta-lhe com força a lança
Na minha pele ensaguentada

Procuremos com certeza
No ventre da chuva, irmão
Onde o meu mamute descansa
Onde repousa a minha mão

Tenho de caçar o meu mamute
Antes que se desfaça a estrada
Antes que a tribo, turba
Me exija a carne em falta.

1 comentário:

José Louro disse...

A musica é intemporal...já o vídeo parece digamos...um mamute.




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Pois tudo o que é ilusório
Como as vestes que a alma não tem
Não fica, é futuro impróprio
Mero instante que à forma devém
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