O erro de mim
De que prodígio funesto
És feito assim
Por te adorar tanto
Ó erro de mim?
Por que plano imenso
Perscrutas o jardim
Deixando que as ervas daninhas
Me infestem ruins ?
Respondes calado
Como os céus que vi
Abrirem-se-te alados
No dia em que parti
Escutas suave
Espiando a dor
Que é teres outro eu
E eu, outro amor
Mas explica como? Vá!
Pudera ser assim ?
A verdade no peito
Tão falsa e vil
Não sou eu liberdade?
O sonho gentio?
Explica como,
Vá!
De que prodígio funesto
És feito assim
Por te adorar tanto,
Ó erro de mim.
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