17 de janeiro de 2008

Coisas simples, coisas boas

Não percamos a esperança
Camaradas...

Coisas simples
Coisas boas

Em nós a mudança
Inerte, não tarda

Mesmo quando
Supuséramos
Definhar
Na mais ampla desgraça

Coisas simples
Coisas boas
Ver,
Olhar como criança

Esperança
Dos cegos olhos se escapa
Todo o asco purifica
Toda a sombra arrebata

Coisas simples
Coisas boas
Não percamos a esperança
Camaradas

Cabeça erguida
Levantada
Coisas simples
Coisas boas

No corpo a dor
No pé, a estrada
Esperança ténue
Nublada

Como um céu de azul sereno
Que a brisa tarda, extraviada

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Pois tudo o que é ilusório
Como as vestes que a alma não tem
Não fica, é futuro impróprio
Mero instante que à forma devém
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