Vamos rir Ou simplesmente desistir Deixar de estar alerta Pois a morte espreita certa Vamos partir Ou simplesmente fugir Fugir para terra aberta Pois a dor devém incerta E eu espero sempre amor Ai cor, Ai dor, Não sei escrever melhor Nem pensar, nem pisar Nem sentir no teu olhar Vale a pena esperar Vale a pena esperar Ou é tudo amargurar?
De que prodígio funesto És feito assim Por te adorar tanto Ó erro de mim? Por que plano imenso Perscrutas o jardim Deixando que as ervas daninhas Me infestem ruins ? Respondes calado Como os céus que vi Abrirem-se-te alados No dia em que parti Escutas suave Espiando a dor Que é teres outro eu E eu, outro amor Mas explica como? Vá! Pudera ser assim ? A verdade no peito Tão falsa e vil Não sou eu liberdade? O sonho gentio? Explica como, Vá! De que prodígio funesto És feito assim Por te adorar tanto, Ó erro de mim.
A.
Age como um membro da matriz ética (o universo espiritual infinito).
B. Age de modo tornares-te único (a individualização completa - o acto mais individualizado de entre todos os actos, é o mais ético).
C. Age de modo a invocar no outro a qualidade distintiva e única que lhe é característica enquanto teu companheiro na totalidade infinita.
Artista no Círculo:
Felix Adler (1851–1933), (
The Ethical Manifold )
Estar tão farto de tanto atraso Mental, circular, outro Cada um pensa o que lhe apetece Grosseiro, desrespeitoso, apressado Nada gera, nada agradece Todos filhos das sombras A quem o sol nem aquece Nem a tumba adormece Nem o vento esmorece Já não quero ser humano Hominídio povoado Germe da selva, urbano Quero ser um bocado de trapo De outra espécie, malfadado Noutro tempo, noutra frente Abortem-me, como à missão Por ver tanta estupidez Tanto gigante anão.
Não percamos a esperança Camaradas... Coisas simples Coisas boas Em nós a mudança Inerte, não tarda Mesmo quando Supuséramos Definhar Na mais ampla desgraça Coisas simples Coisas boas Ver, Olhar como criança Esperança Dos cegos olhos se escapa Todo o asco purifica Toda a sombra arrebata Coisas simples Coisas boas Não percamos a esperança Camaradas Cabeça erguida Levantada Coisas simples Coisas boas No corpo a dor No pé, a estrada Esperança ténue Nublada Como um céu de azul sereno Que a brisa tarda, extraviada
É preciso parar Preciso parar Com esta loucura elemental Com este tom de sobreaviso Como se o meu cérebro estivesse em perigo Inumano, irreal Explodindo de vazio, mal Encontro ainda outro livro Outro vídeo, outro sal Para salgar o tédio seco Com que me visto Eventual Parar de comprar livros Sobre o que nunca dominarei Nem lerei, nem saberei A não ser esquecer Saber esquecer Nisso sou um ás Eu sei Eu ... Eh E Eh Nada!
Pega na tua lança Pega no alaúde Vamos no vôo da garça Caçar o meu mamute O meu mamute desliza Como pés de uma criança Ao longe, vaga, na névoa Em gélida, colossa, mudança Qual pessoa considerada Reles, querida, infrequentada Espeta-lhe com força a lança Na minha pele ensaguentada Procuremos com certeza No ventre da chuva, irmão Onde o meu mamute descansa Onde repousa a minha mão Tenho de caçar o meu mamute Antes que se desfaça a estrada Antes que a tribo, turba Me exija a carne em falta.
------------------------------------------ Pois tudo o que é ilusório Como as vestes que a alma não tem Não fica, é futuro impróprio Mero instante que à forma devém ------------------------------------------